Subculturas e cultura de consumo: diferenciações e uma agenda de pesquisa para o Brasil

Autores/as

  • Rodrigo Costa Segabinazzi Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Programa de Pós-graduação em Administração de Empresas, Rio Grande do Sul.

Palabras clave:

cultura, consumo, subculturas de consumo, grupos de consumo no Brasil

Resumen

A CCT (Consumer Culture Theory) estabeleceu-se como uma corrente teórica que busca analisar os significados culturais que o consumidor busca ou cria em produtos. Trabalhos de autores como Shouten e McAlexander (1995), Belk (1988), McCracken (1986;2003) e Kozinets (1997;2001) apontam para a importância que a posse de alguns produtos tem na vida de indivíduos e grupos de indivíduos, que formam, segundo alguns desses autores, subculturas ou culturas de consumo.  Esses grupos ou subgrupos de indivíduos são unidos por compartilhamento de valores, experiências e admiração a um produto ou tipo de produtos. O presente artigobuscou discutir e diferenciar alguns conceitos importantes tratados em CCT nos últimos anos, atentando, por fim, para a importância do estudo de possíveis subculturas de consumo no Brasil, em especial uma possível subcultura de consumo em torno da atividade esportiva do Surf, que movimenta bilhões de reais em consumo anualmente no país.Conforme a discussão proposta aponta, existe um caminho fértil para a investigação e diferenciação desses grupos ou subgrupos no Brasil, tendo como arcabouço teórico a Consumer Culture Theory. A diferenciação prática desses conceitos pode representar um importante avanço teórico nos estudos relacionados à cultura e ao consumo.

Citas

Ahuvia, A. (2005). Beyond the extended self: Loved objects and consumer´s identity narratives. Journal of consumer research, vol 32.

Arnould, E. J. e Thompson, C.J. (2005). Consumer Culture Theory (CCT): Twenty years of research. Journal of consumer research.

Bagozzi, R. P. The Evolution of Marketing Thought. (2010). In: Maclaran, P.; Saren, M.; Stern, B.; Tadajewski, M. Handbook of Marketing theory. Los Angeles: Sage.

Bartels, R. (1988). The history of marketing thought. Columbus: Publishing horizons.

Beal, B eCrosset, T. (1997). The use of subculture and subworlds in ethnography works on sports. Sociology of sports Journal.

Belk, R. (1988), Possessions and the Extended Self.Journal of Consumer Research, 15 (September) 139–68.

Belk, R., Wallendorf, M. e Sherry, J. F. (1989) The sacred and profane in consumer behavior: theodicy on the odyssey. Journal of consumer research vol 16.

Cova, B. (1999) in: Brownlie, D.; Saren, M.; Wensley, R.; Whittington, R. Rethinking Marketing: Towards Critical Marketing Accountings. London: Sage

Cova, B eDalli, D. (2010) in Maclaran, P.; Saren, M.; Stern, B.; Tadajewski, M. Handbook of Marketing theory. Los Angeles: Sage

Featherstone, M. (1995). Cultura de consumo e pós modernismo. São Paulo: Studio Nobel.

Irwin, J. (1973). Surfing, the natural history in a urban Scene. Urban life and culture, vol.2.

Jones, D. G. B, Shaw, E.H. e Mclean, P.A. (2010).The Modern Schools of Marketing thought. In Maclaran, P.; Saren, M.; Stern, B.; Tadajewski, M. Handbook of Marketing theory. Los Angeles: Sage.

Kozinets, R. (1997) I want to believe: A netnography of the X files subculture of consumption. Advances in consumer Research.

Kozinets, R. (2001). Utopian interprise: Articulating the meanings of star trek´s culture of consumption. Journal of consumer research.

Mafessoli, Michel. (2006) O tempo das tribos: O declinio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro, Forenseuniversitaria.

Mccracken, G. (1986). Culture and consumption: A theoretical account of the structure and movement of the cultural meanings of consumer goods. Journal of consumer research.

Mccracken, G. (2003). Cultura e consumo: Novas abordagens do caráter simbólico dos bens e das atividades de consumo. Rio de Janeiro: Mauad.

Oliven, R. G. (1985). Antropologia de grupos urbanos. Petrópolis: Vozes

Reale, G. Paixão pelo consumo e consumo pela paixão: A relação entre produtores de marketing e consumidores no contexto do futebol.

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Porto Alegre: 2011.

Ringold, D. e Weitz, B. (2007).The American marketing association definition of marketing: moving from lagging to leading indicator. American Marketing Association.

Schau, H., Gilly, M. C. (2003). We Are What We Post? Self-Presentation in Personal Space, in Journal of consumer research, 30 (3), 385-404.

Shaw. E. H.; Jones, D. G. B.; Mclean, P. A. (2010) Early Schools of Marketing Thought. In: Maclaran, P.; Saren, M.; Stern, B.; Tadajewski, M. Handbook of Marketing theory. Los Angeles: Sage.

Pereira, S. (2009). Entre dois mundos: A cultura de consumo gay do Rio de Janeiro. XXXIII Encontroda Associação Nacionalde Pós Graduaçãoe Pesquisaem Administração. Enanpad.

Sheth, J. N. , Gardner, D. M., e Garret, D. E. (1988). Marketing theory: Evolution and Evaluation. New York: Jon Wiley.

Shifino ,C. ( 2002). Previsão de vendas na rede de varejo trópicosurf shop Trabalho de conclusãode curso em administração. Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS.Porto Alegre.

Shouten, J. W. e Mcalexander, J. H. (1995). Sub cultures of consumption: An ethnography of the new bikers. Journal of consumer research

Solomon, M. R. (2004) Consumer Behavior: Buying having and being. New Jersey: PrenticeHall.

Villas Boas, L. H. B., Brito, M. J e Sette, R. S. (2006) Perspectivas da antropologia no estudo do comportamento do consumidor: Contribuições para o desenvolvimento da teoria e pesquisa em marketing. Read, vol1.

Publicado

2015-12-02

Cómo citar

Segabinazzi, R. C. (2015). Subculturas e cultura de consumo: diferenciações e uma agenda de pesquisa para o Brasil. International Journal of Business Marketing, 1(1), 53–60. Recuperado a partir de https://ijbmkt.org/ijbmkt/article/view/6

Número

Sección

Artículos