Redes de varejo na expansão geográfica de canais físicos para produtos financeiros no Brasil

Autores

  • Gisele Brandão Kanda Universidade de São Paulo (USP)
  • Luis Eduardo Pilli Universidade de São Paulo (USP)
  • Marcia Cristina Silva Universidade Federal do ABC (UFABC)

Palavras-chave:

Bancos, Serviços financeiros, Correspondentes bancários, Parcerias, Distribuição

Resumo

A pesquisa investiga e quantifica o benefício, em termos de ganho de alcance, que as instituições financeiras passam a ter por meio de parcerias com redes varejistas atuando como correspondentes bancários. Informações de localização geográfica de oito instituições financeiras e de três redes de varejo foram utilizadas em um modelo construído para simular como a taxa de cobertura das agências e dos bancos, nos diferentes municípios, se altera à medida que parcerias são realizadas. Apesar de modelos de distribuição baseados em correspondentes bancários serem utilizados por algumas instituições financeiras, ainda são pouco discutidas as formas de se mensurar a efetividade do alcance e da cobertura resultantes dessas parcerias. O modelo proposto quantifica por meio de índices de cobertura e competitividade qual o ganho para cada novo ponto de atendimento físico introduzido ao canal de distribuição. As análises resultantes indicam que apesar de parcerias aumentarem a exposição da instituição, elas não estão diretamente relacionadas ao aumento de competitividade, sendo mais úteis para complementar o canal em regiões onde a distribuição é deficiente. O estudo se configura como um exercício teórico e expande as discussões sobre os benefícios na utilização de redes de varejo na distribuição de produtos e serviços.

Referências

Referências

Akinci, S.; Aksoy, Ş.; Atilgan, E. (2004). Adoption of internet banking among sophisticated consumer segments in an advanced developing country. International Journal of Bank Marketing 22(3rd ed.), 212-232.

Balassa, B. (1965). Trade liberalisation and “revealed” comparative advantage. The Manchester School 33(2nd ed.), 99-123.

Black, N. J. et al. (2002). Modelling consumer choice of distribution channels: an illustration from financial services. International Journal of Bank Marketing 20(4a ed.), 161-173.

Banco Central do Brasil. (2003). Resolução nº 3.110 Conselho Monetário Nacional, de 31.07.2003. Altera e consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País. Recuperado de https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/download Normativo.asp

arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/46566/Res_3110_v3_P.pdf

Banco Central do Brasil. (2018). Relatório de Economia Bancária. Recup. de https://www.bcb.gov.br/content/publicacoes/relatorioeconomiabancaria/reb_2018.pdf

Banco Central do Brasil. (2019). Relatório de Reclamações. Recuperado de https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/rankingreclamacoesentenda

Cardoso, H. H. M. B. (2005). O mercado de microcrédito no Brasil. Monografia de Especialização em Marketing Empresarial. Universidade Federal Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

Cavalcanti, M. F.; Silveira, J. A. G. da. (2010). Varejo virtual: Estratégia de expansão ou ampliação de canal? FACEF Pesquisa-Desenvolvimento e Gestão 9(2a ed.), 137-151.

Costa, E. A. (2017). A Financeirização do varejo nacional: um estudo multicasos do segmento de vestuário, calçados e acessórios. Dissertação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

Diniz, E. H.; Pozzebon, M.; Jayo, M. (2008). Banking technology to scale microfinance: the case of correspondent banking in Brazil. In: Twenty Ninth International Conference on Information Systems, 2008, Paris. Anais… p. 144-161.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2019). População. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/ populacao.html.

Instituto Locomotiva. (2019). Um em cada três brasileiros não têm conta em banco, mostra pesquisa locomotiva. Recuperado de https://www.ilocomotiva.com.br/single-post/2019/09/24/Um-em-cada-tr%C3%AAs-brasileiros-n%C3%A3o-tem-conta-em-banco-mostra-pesquisa-Locomotiva.

Itaú. (2019). Relações com investidores: apresentação Institucional. 2019. Recuperado de https://www.itau.com.br/relacoescominvestidores/Download.aspx?Arquivo=yi7AB2bl98o/0kdjSzdt4g==

Jayo, M. et al. (2012). Groups of services delivered by Brazilian branchless banking and respective network integration models. Electronic Commerce Research and Applications 11(5th ed.), 504-517.

Kumar, A. et al. (2005). Assessing financial access in Brazil. (50th ed.). World Bank Working Papers, Washington, D.C, United States of America.

Kumar, A. et al. (2006). Expanding bank outreach through retail partnerships: correspondent banking in Brazil. The World Bank, 2006. 85th ed. World Bank Working Papers, Washington, D.C, United States of America.

Melo, J. R. et al. (2014). A indústria bancária brasileira: um estudo sobre as barreiras de entrada às instituições estrangeiras. Revista Ibero Americana de Estratégia 13(3a ed.), 63-76.

Nunes, R. E. (2018). Gestão do ciclo de crédito dos cartões private label e os nativos digitais. Dissertação de Mestrado em Ciências Econômicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Patrício, L. et al. (2003). Improving satisfaction with bank service offerings: measuring the contribution of each delivery channel. Managing Service Quality: An International Journal 13(6th ed.), 471-482.

Pikkarainen, T. et al. (2004). Consumer acceptance of online banking: an extension of the technology acceptance model. Emerald Publishing Limited 14(3rd ed.), 224-235.

Saltorato, P. et al. (2016). Fusões, aquisições e difusão da lógica financeira sobre as operações de varejo brasileiro. Gestão & Produção 23, 84-103.

Downloads

Publicado

2021-12-30

Como Citar

Kanda, G. B., Pilli, L. E., & Silva, M. C. (2021). Redes de varejo na expansão geográfica de canais físicos para produtos financeiros no Brasil. International Journal of Business and Marketing, 6(2), 71–89. Recuperado de https://ijbmkt.org/ijbmkt/article/view/191

Edição

Seção

Artigos